Olá meus amores, tudo bem com vocês? Hoje vim trazer a primeira entrevista do blog, com a super querida e talentosa, Adriana Igrejas.



Adriana Igrejas 

nasceu em 16 de março de 1970 no Rio de Janeiro. É apaixonada por línguas, literatura, música, filmes, séries e artes marciais. É Professora de Português/ Literatura e Inglês, formada pela UFRJ, e revisora.  Teve seus primeiros textos publicados através de concursos literários e é autora de dois romances e de um livro de contos, além de participar de mais cinco antologias nacionais e duas portuguesas. Recebeu o Prêmio Baixada 2014 na categoria Literatura- Romance. Faz parte da Academia de Letras de seu município. É casada e tem dois filhos.

1. O que você queria ser quando era criança?

    A primeira coisa em que pensei foi escritora, porque eu comecei a escrever algumas coisas aos sete anos e depois mais frequentemente aos dez. Mas tirei essa ideia da cabeça por muito tempo, porque meu pai me disse que “artista” morria de fome... Lógico que também pensei em coisas bem viáveis (risos), como Prefeita ou piloto de avião...

2. Você sempre gostou de ler ou foi algo adquirido?

 Acho que gosto por leitura é sempre algo adquirido. No meu caso, bem cedo, com os primeiros livros paradidáticos na escola.


3. Se você pudesse resumir seu livro em uma palavra, qual seria?
    Difícil, hein? Mas se tratando de “A fórmula da vida (A escolha de Catarina)”, acho que seria “emoção”.


4. Poderia nos contar um pouco como foi a experiência de segurar pela primeira vez o seu livro pronto?
     Indescritível. É a concretização de um sonho. É a materialização de um mundo imaginário que existia apenas em minha mente. Verdadeiramente emocionante. E nesse aspecto, um e-book nunca vai superar o livro físico, justamente por não poder oferecer a sensação do toque, do “segurar em suas mãos”.


5. Você costumava escrever desde pequena?


 Sim, desde os sete fazia versinhos. Aos dez comecei a escrever histórias em prosa. Aos treze escrevia histórias cujas personagens tinham os nomes de minhas melhores amigas, que cito aqui a título de homenagem: Marta, Kátia, Lucinda e Maria Elísia. Estou retomando essa ideia agora, pois a protagonista de meu novo livro, “A babá gótica” se chama Lucinda. Perdi o contato com essas amigas, mas espero que de alguma forma, elas venham a tomar conhecimento da homenagem saudosa que lhes faço.


6. Conte-nos um pouco sobre seu livro.


    Bem, “A fórmula da vida” foi fruto de uma história que ficou anos em minha cabeça. Os personagens já estavam praticamente implorando para criarem vida. Foi inevitável. Depois de muitos anos ainda pensando se eu teria talento ou não para escrever, comecei a ler livros mais atuais (pois eu lia muito os clássicos) e vi que “caramba, isso eu consigo fazer!”. Tomei coragem e pus tudo no papel. Nessa época (2006) eu ainda escrevia primeiro manuscrito, para depois digitar. Catarina é uma heroína um tanto trágica. O livro fala de amor, mas também sobre a luta entre o bem e o mal. Enquanto eu conto a história conturbada dessa mocinha, cheia de aventura, ação, dramas e confusões, vou também levando o leitor a refletir sobre a vida, a sociedade e as relações humanas. O livro tem várias camadas. Um leitor menos experiente e que busca apenas diversão, vai encontrá-la. Mas aquele que busca algo mais num livro, também. E este poderá perceber as camadas mais densas do livro, as entrelinhas.
    Na segunda edição, o livro ganhou uma capa nova e o subtítulo “A escolha de Catarina”, para dar mais ênfase ao dilema vivido pela protagonista.


7. Vida de escritor não é fácil. Para você, com o que foi mais difícil de lidar, com a edição do livro ou com as críticas dos leitores?

    Com a edição do livro, sem dúvidas. Todas as críticas para mim foram de certa forma elogiosas. Porque mesmo aquelas que queriam ser negativas (acho que quatro no total contra um grande número de positivas), interpreto como positivas, porque tudo depende do que se quer com o livro. Como por exemplo uma que disse que não é um livro só para se divertir, que não dá para ler de forma superficial, porque o livro te faz pensar. Ora, eu acho que fazer pensar é uma coisa positiva! Mesmo que muitos leitores prefiram leituras só para diversão. No entanto, todos esses que fizeram de tudo para não gostar do livro e criticaram-no de alguma forma, no final de suas resenhas, acabam dizendo que gostaram e até ficaram com saudades quando terminaram a leitura.
     Por outro lado, ouvi da grande maioria que meu livro foi o melhor ou um dos melhores que já leram. Leitores que leram quatro vezes seguida o livro... Leitores fascinados e maravilhados... Foi isso que me fez seguir em frente e não desistir...


8. Você imagina um dream cast do seu livro para o cinema?

    Não, apesar de achar que daria um ótimo filme, aliás, os leitores dizem sempre isso: filme ou novela. Para interpretar a Catarina, seria preciso encontrar uma atriz linda e que lutasse muito! Talvez, se achássemos uma lutadora de MMA bonita e que soubesse interpretar...

9. Qual sua inspiração no meio literário?

 Na verdade, inspirei-me mais nos autores clássicos. Da atualidade, gosto muito de Ivan Jaf, Ana Miranda, Luis Fernando Veríssimo e Meg Cabbot.


10. Como surgiu a inspiração para escrever ''A fórmula da vida'' ? E quanto tempo levou para escrevê-lo?
  Primeiro foram os personagens que foram surgindo em minha mente. Depois eu os fui juntando e a história foi tomando vida. Levei três anos e meio, porque divido meu tempo com o trabalho de professora, dona de casa, mãe e esposa, além da prática de esportes. Agora que me sinto mais escritora, demoro um pouco menos para escrever.


11. Você acha que a internet e os blogs literários tem um papel importante na divulgação da literatura nacional?

 Sem dúvidas. Se não fosse por esses meios, poucos autores nacionais conseguiriam visibilidade, já que as livrarias e editoras em geral dão muito mais destaque à literatura estrangeira.

12. Qual a mensagem que você deixa para os novos leitores e futuros escritores?

Para os novos leitores:
Leiam mais a literatura nacional. Deem uma chance aos escritores nacionais e vocês vão se surpreender! Não há nada como ler uma história ambientada em nossa própria terra. Ela nos dá um sentimento de identificação incomparável.

Para os futuros escritores:
Leiam muito e leiam de tudo, de todos os gêneros. É preciso certa formação para ser um bom escritor. E estudem! Estudem muito a gramática e técnicas de narrativa. A língua é nosso instrumento de trabalho, não a ignore.
     Talento é uma pequena parte. O esforço conta muito. E, principalmente, amem escrever! Não é uma carreira fácil, portanto, só o amor pela escrita pode justificar essa escolha.

Adorei entrevistar você, e espero que daqui para frente role muitas outras entrevistas incríveis como está!

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